Sim, deixamos de escrever há um tempo. É difícil ter tempo para manter um blog em atividade.
Porém, escrevo rapidinho para dizer que estamos na cidade de Santa Cruz de La Sierra novamente, e agora esperamos o trem que nos levará para a fonteira (tren de la muerte!).
Amanha estaremos no Brasil e dia 17 pela noite ou 18 pela manha chegaremos em Aracaju.
That`s all, folks!
(saudade papagai)
Naiara
¿ Qué Pasa, Bolivia ?
sábado, 14 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Uyuni
Como já dissemos, estávamos no deserto de sal de Uyuni.
O lugar é inacreditavelmente lindo, com diversas lagoas, flamingos, águas termais , ilhas de cactos e, é claro, a imensidao do deserto branco.
Viajamos com o nosso motorista/mecanico/cozinheiro/fotografo Faustino, um casal de franceses, uma alema e um espanhol. A etiqueta dos gringos nos constrangeu um pouco, mas aproveitamos a viagem.
Um dos poucos momentos da nossa viagem que comemos comida gostosa e farta (nao tanto para Caju, que queria comer muito mais) de verdade. Comemos llama!!!! Delicia. (ta, Rafa, eu levo para você)
Seguem algumas fotos do passeio. Depois posto mais detalhes.
sábado, 31 de julho de 2010
La Paz, 01 de agosto
Voltamos!
Passamos um ratito afastados, mas ja estamos de volta. (estavamos no deserto de sal por 3 dias) Aconteceram muitas coisas desde a ultima postagem, por isso nao relatarei dias, e sim situacoes.
Bom, uma coisa muito comum na Bolivia eh a extracao de minerais, por isso o pais eh muito famoso por seus mineiros em condicoes subumanas. Queriamos ver de perto a situacao, mas sem pagar caro e tampouco tornar a situacao "zoological", como costumam fazer os estrangeiros e as agencias de turismo.
Dessa forma, batendo um papo com umas pessoas no onibus quando iamos ás aguas termais (depois Caju fala sobre esse dia) descobrimos que poderiamos fazer o percurso nos mesmos, sem agencia. Era apenas pegarmos um onibus ate a mina e de la arrumar um garoto para nos mostrar a montanha por dentro. Os dois maos-de-vaca ficaram felizes e toparam fazer no dia seguinte.
E assim fizemos. Nos acordamos cedo, pegamos o microbus e fomos ate a montanha de Pailaviri. Como era segunda-feira, nao haviam mineiros trabalhando, mas todos estavam em reuniao do sindicato, tomando grande parte da rua proxima a mina.
Chegamos e logo um garoto de 12 anos veio correndo oferecer seus servicos. Cobrara 100bs pelos dois, mas conseguimos baixar ate 80 bs =). O guia seria o proprio , trabalhador da mina desde os 10 anos, cuja familia tambem eh mineira. So irimos nos tres, opcao muito melhor que as pencas de gringos que iam de filinha ver os animais trabalhando.
Com os capacetes, roupa propria, lanterna e nosso pequeno guia entramos na mina e conhecemos um pouco sobre a historia bestial de ambicao dos espanhois e o massacre de milhoes de indios naquelas minas (ate hoje encontram ossos dos indios que trabalharam la). Eh realmente trsite ver a situacao daqueles trabalhadores.
A nova constituicao boliviana veta o trabalho de jovens com menos de 16 anos na mina, mas ate hoje eh possivel ver criancas com 10 anos trabalhando duro para extrair minerais. Para aguentar a jornada desumana os trabalhadores tem que mascar a coca todo o dia (a famosa coca!) e deixar suas bochechas absurdamente grandes e beber alcool 96º. As criancas também.
Assim, andando pela mina e ouvindo as historias e informacoes do bolivianozinho fa de Calypso chegamos ao lugar mais importante da mina: A casa do Tío Jorge.
(sugiro que Breno pare de ler aqui)
Mas quem raios é Tío Jorge?
Eu respondo sua duvida, caro leitor, com uma foto.
Esse eh o Tío. Imaginem o medo que tivemos ao entrar em um buraco frio no meio da mina e darmos de cara com um diabo! Agora eu vos explico a simbologia do tío...
(senta que la vem historia)
Na epoca colonial, os espanhois cagoes nao entravam nas minas e deixavam os indios la dentro por meses para extrairem minerias. Porem, os indios, que nao sao idiotas, nao trabalhavam de graca para os colonizadores. Assim, um espanhol chamado Jorge entrou pela primeira vez na mina e teve uma brilhante ideia!
Jorge: Ja que esses indios sao politeistas e acreditam em qualquer coisa, vou criar um deus para obriga-los a trabalhar!
Assim, os espanhois criaram a lenda do deus do mau que castigava quem nao trabalhava. Mas, como eu ja disse, os indios nai eram idiotas e contestaram:
Indios: Como vamos saber que esse deus eh de verdade? O que ele faz? Ele nao castiga p.n!!
Mas, como as condicoes dos trabalhadores de minas sao bizarras, uma galera comecou a morrer e os indios comecaram a acreditar na maldicao do deus.
Como deus em espanhol é "dios" e os indios nao conseguiam falar a letra "d", comecaram a chama-lo de "tio". Jorge porque foi o primeiro espanhol a entrar na mina.
Para tornar a coisa mais concreta, fizeram o "deus" como guardiao da mina, com olhos grande que representam a ambicao espanhola, penis que representa o machismo na mina, coracao de prata, bochecha grande de tanto mascar coca e por ai vai.
Ate hoje os mineiros reverenciam o Tío como se fosse um grande amigo. Eles dizem: Sobre a terra, deus. Abaixo dela, o diabo. Ao menos duas vezes por mes os mineiros fazem festas para o Tío, com muita coca e alcool 96º. Pingam um pouco em cada parte de seu corpo, cada uma com sua simbologia (chifre, mao, pe, penis, coracao...)
Hoje, dia primeiro de agosto, eh o dia do sacrificio de llamas para o Tío da Mina de Pilaviri. Eles matam os bichos e jogam o sangue na entrada da mina. Depois, bebem ate ficarem completamente bebados e mascam coca ate nao poderem mais.
Existem grande curiosidade sobre a vida de mineiros, mas nao vou postar agora. Estou com muita fome absurda e o mais interessante era a historia do Tío.
Termino por aqui hoje. Familia, to morrendo de saudades! Nao aguento mais sonhar com voces! Hoje mesmo sonhei que Breno e Veia tinham vindo para La Paz ficar comigo =).
Beijos e até o proximo post!
Naiara
Passamos um ratito afastados, mas ja estamos de volta. (estavamos no deserto de sal por 3 dias) Aconteceram muitas coisas desde a ultima postagem, por isso nao relatarei dias, e sim situacoes.
Bom, uma coisa muito comum na Bolivia eh a extracao de minerais, por isso o pais eh muito famoso por seus mineiros em condicoes subumanas. Queriamos ver de perto a situacao, mas sem pagar caro e tampouco tornar a situacao "zoological", como costumam fazer os estrangeiros e as agencias de turismo.
Dessa forma, batendo um papo com umas pessoas no onibus quando iamos ás aguas termais (depois Caju fala sobre esse dia) descobrimos que poderiamos fazer o percurso nos mesmos, sem agencia. Era apenas pegarmos um onibus ate a mina e de la arrumar um garoto para nos mostrar a montanha por dentro. Os dois maos-de-vaca ficaram felizes e toparam fazer no dia seguinte.
E assim fizemos. Nos acordamos cedo, pegamos o microbus e fomos ate a montanha de Pailaviri. Como era segunda-feira, nao haviam mineiros trabalhando, mas todos estavam em reuniao do sindicato, tomando grande parte da rua proxima a mina.
Chegamos e logo um garoto de 12 anos veio correndo oferecer seus servicos. Cobrara 100bs pelos dois, mas conseguimos baixar ate 80 bs =). O guia seria o proprio , trabalhador da mina desde os 10 anos, cuja familia tambem eh mineira. So irimos nos tres, opcao muito melhor que as pencas de gringos que iam de filinha ver os animais trabalhando.
Com os capacetes, roupa propria, lanterna e nosso pequeno guia entramos na mina e conhecemos um pouco sobre a historia bestial de ambicao dos espanhois e o massacre de milhoes de indios naquelas minas (ate hoje encontram ossos dos indios que trabalharam la). Eh realmente trsite ver a situacao daqueles trabalhadores.
A nova constituicao boliviana veta o trabalho de jovens com menos de 16 anos na mina, mas ate hoje eh possivel ver criancas com 10 anos trabalhando duro para extrair minerais. Para aguentar a jornada desumana os trabalhadores tem que mascar a coca todo o dia (a famosa coca!) e deixar suas bochechas absurdamente grandes e beber alcool 96º. As criancas também.
Assim, andando pela mina e ouvindo as historias e informacoes do bolivianozinho fa de Calypso chegamos ao lugar mais importante da mina: A casa do Tío Jorge.
(sugiro que Breno pare de ler aqui)
Mas quem raios é Tío Jorge?
Eu respondo sua duvida, caro leitor, com uma foto.
Esse eh o Tío. Imaginem o medo que tivemos ao entrar em um buraco frio no meio da mina e darmos de cara com um diabo! Agora eu vos explico a simbologia do tío...
(senta que la vem historia)
Na epoca colonial, os espanhois cagoes nao entravam nas minas e deixavam os indios la dentro por meses para extrairem minerias. Porem, os indios, que nao sao idiotas, nao trabalhavam de graca para os colonizadores. Assim, um espanhol chamado Jorge entrou pela primeira vez na mina e teve uma brilhante ideia!
Jorge: Ja que esses indios sao politeistas e acreditam em qualquer coisa, vou criar um deus para obriga-los a trabalhar!
Assim, os espanhois criaram a lenda do deus do mau que castigava quem nao trabalhava. Mas, como eu ja disse, os indios nai eram idiotas e contestaram:
Indios: Como vamos saber que esse deus eh de verdade? O que ele faz? Ele nao castiga p.n!!
Mas, como as condicoes dos trabalhadores de minas sao bizarras, uma galera comecou a morrer e os indios comecaram a acreditar na maldicao do deus.
Como deus em espanhol é "dios" e os indios nao conseguiam falar a letra "d", comecaram a chama-lo de "tio". Jorge porque foi o primeiro espanhol a entrar na mina.
Para tornar a coisa mais concreta, fizeram o "deus" como guardiao da mina, com olhos grande que representam a ambicao espanhola, penis que representa o machismo na mina, coracao de prata, bochecha grande de tanto mascar coca e por ai vai.
Ate hoje os mineiros reverenciam o Tío como se fosse um grande amigo. Eles dizem: Sobre a terra, deus. Abaixo dela, o diabo. Ao menos duas vezes por mes os mineiros fazem festas para o Tío, com muita coca e alcool 96º. Pingam um pouco em cada parte de seu corpo, cada uma com sua simbologia (chifre, mao, pe, penis, coracao...)
Hoje, dia primeiro de agosto, eh o dia do sacrificio de llamas para o Tío da Mina de Pilaviri. Eles matam os bichos e jogam o sangue na entrada da mina. Depois, bebem ate ficarem completamente bebados e mascam coca ate nao poderem mais.
Existem grande curiosidade sobre a vida de mineiros, mas nao vou postar agora. Estou com muita fome absurda e o mais interessante era a historia do Tío.
Termino por aqui hoje. Familia, to morrendo de saudades! Nao aguento mais sonhar com voces! Hoje mesmo sonhei que Breno e Veia tinham vindo para La Paz ficar comigo =).
Beijos e até o proximo post!
Naiara
domingo, 25 de julho de 2010
Alô você
Inicio esta postagem rebatendo as inùmeras crìticas que recebi por ter colocado uma imagem minha pagando de gatao. Gostaria de deixar bem claro que nao sou o ùnico a usufruir dos benefìcios tecnològicos advindos da era digital. Observem bem estes dois sujeitos:
Como negar que sao duas figuras extremamente metidas e posudas? O primeiro, conhecido como Anderson, nos recebeu em Santa Cruz com seu sorriso maroto e malemolente. O segundo, popularmente designado como pollo, esteve presente com seu olhar intimador durante nossa subida atè as ruìnas prè-colombianas situadas nos arredores de Samaipata. È importante destacar que nosso amigo franguinho è um dos pratos prediletos dos bolivianos. Pollo frito, pollo com caldo, sopa de pollo, hamburguer de pollo, tudo tem pollo, pqp.
Dadas as devidas explicaçoes, voltemos ao que interessa. Estamos agora em Potosì, a 4.000 m do nìvel do mar. Eu pensava que era frescuragem quando o pessoal dizia que por aqui faltava ar e mimimi. Pois bem, hoje digo e reconheço: sou fresco. ahauhauhauahuahua. Mermao, você anda duas quadras e jà tà pedindo arrego, pqp. È de lascar.
Antes de chegar por aqui, jà havìamos sentido um pouco os efeitos da altitude. Como Nai jà tinha antecipado, ao sair de Santa Cruz, migramos em direçao a Samaipata, uma belìssima cidade situada a 2.000m do nìvel do mar. O lugar è tao bonito que os gringos, holandeses especialmente, decidem nao sò morar pela regiao, mas principalmente meter a faca nos quebrados que por là chegam para passear.
Devidamente estabelecidos e putos com o neocolonialismo-turìstico-holandês na regiao, fomos a pè rumo às ruìnas prè-colombianas, situados no topo de uma pequena montanha. Segundo os moradores da regiao, precisarìamos caminhar apenas 9 km. Pois bem: mais uma cilada, Bino. Doido, foram 2 km na estrada e 7 km subindo morro. PQP.
Depois de muitas paradas e de encontrar o dito frango posudo no meio do caminho, chegamos:
Em seguida, saìmos de Samaipata rumo à Vallegrande junto com três gringos: um japa, um australiano e uma malasiana. O intuito era fazer a chamada "Ruta del Che", a ùltima trilha dele antes de ser emboscado, morto e exposto publicamente em uma lavanderia, no Hospital da cidade de Vallegrande. Os relatos sao interessantìssimos e a fè que a populaçao local devota à Che è algo impressionante. Para se ter uma idèia, em uma cidade chamada La Higuera, local onde foi morto, hà um museu que na verdade funciona como um ponto de peregrinaçao e de devoçao. As pessoas fazem preces, deixam pedidos, da mesma maneira como em diversas religioes.
De Vallegrande e imediaçoes rumamos em direçao à Sucre. Nao vou mentir que nao dava nada pela cidade. Primeiro porque o transporte atè là è muito complicado. Sò conseguimos viajar dentro do bagageiro do buzu, arrumando muita briga com os bolivianos fdps que queriam cobrar a passagem sem boleto ou algo que nos desse a garantia de que pagamos. Nessa cilada nòs nao caìmos, Bino. Depois de algumas paradas e discussoes, acertamos o pagamento sò na chegada.
Por outro lado, a falta de informaçoes e os relatos que recebemos de alguns gringos nos deixaram a impressao de que a cidade nao valia um conto. Pegadinha do malandro. A cidade è excepcional, muito bonita e movimentada culturalmente. De tantas opçoes, nos faltou tempo para aproveitar melhor as oportunidades. Destaque para o Festival Internacional de Cinema em Direitos Humanos e para os buzoes japoneses. =O
De Sucre nos mandamos para Potosì. E aqui estamos.
Em breve posto mais fotos. A internet è lentinha e jà estamos de saìda.
Besos e me liguem.
Potosi, 25 de Julio
Bem, faz um bom tempo que nao escrevo aqui.
Antes que Breno reclame, eh Naiara!
Desses dias para a mudamos de cidades com relativa frequencia. Fomos de Samaipata para Vallegrande, depois para Mataral, Sucre e finalmente Potosi.
De longe, Sucre foi a cidade que mais gostamos. Era como uma capital cultural da Bolivia. Tao pequena e com diversos eventos em cada canto da cidade. Faltou tempo para tudo.
Para chegar lá sofremos um pouco (viajamos no bagageiro do ônibus), mas valeu a pena.
nao vou ecrever mais nada porque temos que arrumar umas coisas por aqui. Na proxima oportunidade posto fotos.
Naiara
=)
Antes que Breno reclame, eh Naiara!
Desses dias para a mudamos de cidades com relativa frequencia. Fomos de Samaipata para Vallegrande, depois para Mataral, Sucre e finalmente Potosi.
De longe, Sucre foi a cidade que mais gostamos. Era como uma capital cultural da Bolivia. Tao pequena e com diversos eventos em cada canto da cidade. Faltou tempo para tudo.
Para chegar lá sofremos um pouco (viajamos no bagageiro do ônibus), mas valeu a pena.
nao vou ecrever mais nada porque temos que arrumar umas coisas por aqui. Na proxima oportunidade posto fotos.
Naiara
=)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Poses, muitas poses.

Muitos dos que aqui leem este blog vem atràs de fotos. Simples assim: fotos. E era o que eu deveria estar fazendo. Postando-as. Porèm, muito mais do que ter màquinas, è necessàrio encontrar uma Lan House com uma internet que preste.
Como este nao è o caso, farei este post em minha homenagem, malandro que sou. Sem necessariamente mudar de assunto, gostaria de confessar que consegui queimar um filme de 36 poses.
Antes que estranhem a linguagem da dècada de 70, è bom lembrar que minha màquina nao è digital. È daquelas antigonas, toda manual. Interessantìssima para enganar gringos e bolivianos ansiosos para ver o resultado do click. Imaginem a cena: uma demora da porra para fazer o enquadramento, uma zuada no disparo da foto e a galera vindo em minha direçao para se ver. "No tiene como ver...", logo digo, mostrando o fundo da màquina. È engraçado e tambèm constrangedor. ahuahuahauhaua =P
Pois entao, a dita façanha ocorreu ainda em Puerto Quijarro, logo quando atravessamos a fronteira. Tinha torrado todo o filme com a gurizada. Tava doido para colocar outro e continuar com as fotos. Bom, para retirar o filme, è preciso girar uma pequena manivela e assim o fiz. Porèm, esqueci de apertar um minùsculo dum botao situado embaixo da màquina e adivinhem: a manivela rodou, mas o filme nao saiu, preso que estava. Na dùvida, abri a maquina um pouquinho e òi o filme là dentro, todo aberto e rasgado. PQP.
Na raiva e no desespero, acabei tirando ele na tora e, de quebra, derrubando a porra da manivela.
No fundo, a voz de Naiara: "Queimou, Caju..."
Como este nao è o caso, farei este post em minha homenagem, malandro que sou. Sem necessariamente mudar de assunto, gostaria de confessar que consegui queimar um filme de 36 poses.
Antes que estranhem a linguagem da dècada de 70, è bom lembrar que minha màquina nao è digital. È daquelas antigonas, toda manual. Interessantìssima para enganar gringos e bolivianos ansiosos para ver o resultado do click. Imaginem a cena: uma demora da porra para fazer o enquadramento, uma zuada no disparo da foto e a galera vindo em minha direçao para se ver. "No tiene como ver...", logo digo, mostrando o fundo da màquina. È engraçado e tambèm constrangedor. ahuahuahauhaua =P
Pois entao, a dita façanha ocorreu ainda em Puerto Quijarro, logo quando atravessamos a fronteira. Tinha torrado todo o filme com a gurizada. Tava doido para colocar outro e continuar com as fotos. Bom, para retirar o filme, è preciso girar uma pequena manivela e assim o fiz. Porèm, esqueci de apertar um minùsculo dum botao situado embaixo da màquina e adivinhem: a manivela rodou, mas o filme nao saiu, preso que estava. Na dùvida, abri a maquina um pouquinho e òi o filme là dentro, todo aberto e rasgado. PQP.
Na raiva e no desespero, acabei tirando ele na tora e, de quebra, derrubando a porra da manivela.
No fundo, a voz de Naiara: "Queimou, Caju..."
Dias atràs
Dizem que todo turista reùne em si as melhores caracterìsticas dos antropòlogos, dos economistas e dos sociològos. Falam de tudo, opinam sobre tudo e, melhor, analisam com propriedade Zeca Camargològica a cultura e a estrangeira vida alheia.
Hoje è minha vez.
Hoje è minha vez.
Dias atràs estava eu em Santa Cruz de La Sierra. Um transito dos infernos. Uma poluiçao do cabrunco. Imagine se no mapa fundissem as vias malucas de Salvador, o tràfego da Ìndia, a poluicao de Cubatao e os engarrafamentos de Sao Paulo. O resultado sem dùvida seria Santa Cruz.
Dentro de um tàxi ìamos pacientemente em direçao à calle mercado, rua onde ficarìamos durante nossa estadia na cidade. O clima era "bom": 7 graus de pura fumaça. Pois bem, diante dessa situaçao, rapidamente nossos olhares se imbuìram dos melhores pensadores para analisar sob um prisma crìtico-empoeirado aquela realidade: da relaçao capital-trabalho ao tamanho dos narizes nativos. Tudo era motivo de pitaco.
Em meio às divagaçoes, o ràdio boliviano do tàxi tambèm boliviano misturava batidas de cumbia com comentàrios a la Joe Feitosa. De repente, creio que apòs o pedido de um ouvinte, escutamos:
Tudo que è perfeito
A gente pega pelo braço
Joga là no meio,
Mete em cima,
Mete embaixo.
Depois de nove meses voce ve o resultado,
Depois de nove meses voce ve o resultado
Esse è o Gera Samba arrebentando no pedaço,
Joga là no meio,
Mete em cima,
Mete embaixo...
Mas ¿que te pasa, Bolivia? Que te pasa? =P
Assinar:
Postagens (Atom)